domingo, 22 de agosto de 2010

...

A decisão que estou tomando é consciente. Decidi na plenitude de meu livre-arbítrio. Sei que isso é duro, porque sendo assim, ninguém tem direito à culpa e a culpa é o alívio dos fracos.
Me atrevo dizer em todos os cantos o que me fazem sentir, não os julgo, não os aponto dedos, apenas assisto, reparo.
Me torno impotente ao seu lado, a sua frente. Decidi em plenitude de meu livre-arbítrio te querer e não ter.
As paredes do meu quarto estão com ranhuras e não são rachaduras naturais, são de noites longas, contorcidas e desesperadas. E me diz, até quando vou aguentar?
E no meio de um inverno eu finalmente aprendi que havia dentro de mim um verão invencível.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Um pedido mágico.


Quando a paixão invade o peito e perdemos totalmente a noção dos fatos, tudo se torna um conto de fadas. Simples assim!
Cada palavra é como uma canção perfeita, cada gesto, cada olhar, tão encantadores..
Ao pensar num pedido que possa mudar sua vida, um pedido de casamento não é um simples: "aceita se casar comigo?"
Na realidade, eu diria assim: " por tudo o que fui e sei que nada me valeu a pena até o momento em que te conheci, por tudo o que disse um dia, e vi que não havia dito nada, eu aprendi a dizer sobre o amor com você. Estarei disposta a amar-te intensamente, a cada amanhecer e anoitecer, a cada simples situação em sua vida. Estarei pronta ao ataque, caso você precise de um escudo protetor. Passarei noites acordada se você não conseguir dormir, farei carinho em seu rosto até você sumir. Pensarei como nós, pois é disso que pretendo viver agora. Deixe-me ser seu eterno par, pois sei que farei-te feliz enquanto durar. Você aceita se casar comigo? "

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Adeus [2]

"Ao dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir; aprender com meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordado;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas",
embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente,
como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher."


quinta-feira, 3 de junho de 2010

O contrário do amor.


contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.

O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais no cadastro.

Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.

Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.

Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.

D. Zezza

Sua Indiferença !



Estou rodeada de pessoas, mas me sinto como se estivesse sozinha
Olho para cada rosto e vejo neles um sorriso em seus lábios.
Meu corpo esta ali presente, mas a minha alma vagueia para bem longe dali.
Tem horas que pareço estar em off. E fujo de todos com os meus pensamentos
Quando volto a mim tento disfarçar para que ninguém notar.
Meus olhos me traem sem remorso,

Mostra a todos a toda a dor que ele carrega.
Não posso mais continuar assim com o coração dilacerado
Partido em sofrimento e saudade.
Não quero e não devo sentir isso solitariamente por um
Amor de mentiras enfeitado de falsidade embrulhado
Com a sua enganação.

Tentei passar por cima da tua frieza mas acabei me afundando
Na sua arrogância
Debati-me, gritei por seu nome e acabei morrendo na sua indiferença.

D. Zezza

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Por você daria minha vida.


A vida é estranha com suas despedidas e desencontros.
Cheia de gente escondida em desespero trastes, jóias falsas.
Cansada de não ser ouvida de não ser respeitada. Nada e ninguém, o tempo todo nada e ninguém!! Quanto tempo mais será que dá pra gente viver sem amor? Vida e sonho palavras que voam pluma. Nunca mais vou ter você.
Adeus.



D. Zezza

Abaixar a cabeça: sinal de fraqueza?


Abaixar a cabeça pra tudo o que dizem, até mesmo para pessoas que se disfarçam de seres superiores que você, é demonstrar que somos fracos, no entanto covardes?
Por que existem pessoas que não tem nem oportunidades de falarem o que pensam? Por que os pobres não podem simplismente ter uma cabana ao invés de morar em cima de um papelão? Por que crianças são deixadas pra trás ao invés de serem mimadas por seus pais?
Ao abaixar a cabeça você se reprimi e demonstra respeito? Ou o que foi dito acima?

D. Zezza